domingo, abril 03, 2011

Paraíso Morfético

Morfeu, entidade mítica, assim como o Puck, desejo que me tragas o encanto da noite. Me acolha em seus braços e me embale em um sono de esquecimento e memória. Puck, pequeno ser mítico e místico, peço-lhe um sonho de uma noite de verão, permita-me que ame quem nunca imaginei, que viva o que nunca vivi.
Fadas, revelem-se para mim, em meu estado de desapego, contem-me seus segredos, ensinem-me a voar, sonhar, amar. Ensinem-me a acreditar e, pela manhã, façam que tudo vire esquecimento, como se um sonho fosse. Sonho que leva à reflexão.
Ninfas, belas filhas das árvores, mostrem-me os caminhos de seus virgens bosques, seduzam-me, enlouqueçam-me. Me ensinem a confiar e a cuidar das florestas, casas de criaturas tão ou mais divinas que vocês, que se mostram a esse pobre mortal, que as deseja. Mas compreende que nunca poderá pedir que abdiquem de ser quem são.
E que Morfeu me leve nesta viajem e me faça acreditar que nada disto aconteceu, e me devolva a esta dura “realidade”. Realidade sem crença, sem mágica, sem a beleza da vida.

Nenhum comentário: