quarta-feira, abril 06, 2011

Amor Felino


Certa vez me perguntaram como eu classificava os gatos. Não fui muito gentil na época (tinha uns 15 anos de idade, convivendo com gatos desde o berço), não gostava de gatos, afinal, não brincavam comigo, não da forma como eu queria. Tinha uma rixa de longa data com eles. Depois me disseram que assim era a forma como eu classificava/entendia/esperava que minha “alma gêmea” seria. Me revoltei no momento, mas enfim disseram que Sua Santidade Dalai Lama (se é que é assim que se escreve o nome dele) tinha dito, então estava dito.
Hoje, com 22 anos, tenho uma filhote de gato, e vivendo os turbilhões dos sentimentos, paixões, hormônios, compreendo um pouco melhor a associação (metáfora?) de Sua Santidade (se foi mesmo ele, mas enfim). Cuidar de um filhote de gato é quase como tentar conquistar uma paixão. Não adianta perseguir, proteger, sufocar o pobre gato. Ele precisa conhecer o mundo e ele explora, vive, e você cuida, e às vezes se esquece e vai viver também, vai escrever (quem sabe) e quando menos espera, ele(a) vem chamando sua atenção, brincando contigo, exigindo carinho. Muitas vezes tem-se a impressão de que apenas querem chamar sua atenção e agem como bobos. Assim como tolos somos ao tentarmos agradar este filhote, agimos como criança e ambos, ao tentar agradar, ao  agir como criança, às vezes, machucam o outro, às vezes a si mesmos.
Ou seja, consigo ver muitas relações, espero aprender mais, junto com esta nova intregante, batizada de Meleca (Mel para os íntimos). E ter mais critérios de comparação. Espero só não começar a chamar minhas paixões de gatinha, ou que elas não cuspam bolas de pelo. Mas daí já sou eu, exagerando.

Um comentário:

K. disse...

Adorei!
Gatos são para nós e não estão para nós.
Isso prediz sua capacidade de amar sem manipular.
Adoro gatos.
:)
Bjus